sexta-feira, 17 de setembro de 2010

INTIMIDADE - Por Edilma Rocha

Rebeca já estava acostumada com aquela rotina solitária embora estivesse com um homem ao seu lado. Sempre quieta e amedrontada diante do parceiro que mal lhe falava um pouco mais.
Olhos grandes e verdes, cílios enormes num glamour das estrelas de cinema, boca carnuda como que estivesse sempre a espera de um beijo, húmida e num tom rosado natural. Rosto suave e a pele alva e bem cuidada, o nariz bem definido dando a perfeita proporção no rosto bonito. Cabelos ruivos, soltos, na altura dos ombros, lisos e pesados. O corpo era uma obra de arte em altura e peso. Seus seios saltavam da camisola de cetim vermelha pedindo por carícias nos mamilos que roçavam o tecido de dormir. Nádegas arredondadas se harmonizando com a intimidade entre um belo par de pernas. Pés descalços pisando devagar no macio tapete felpudo.
_ Como poderia ser rejeitada diante de tanta beleza ?
Tinha algo errado no ar que não sabia o que seria.
Já deitada quando Rafael entrou no quarto sem se incomodar de fazer barulho. Tirou os sapatos e meias, jogou num canto, depois a camiseta da Polo, puxou o cinto de tecido colorido e finalmente abriu o feche da calça e deixou a mostra o corpo malhado e bem definido na sunga colada que deixava o sexo visível. Caminhou alguns passos e finalmente entrou no chuveiro.
Rebeca tremia de paixão em baixo das cobertas e seu coração pulava entre seus seios eriçados. Fingia dormir mas escutava cada gota dágua que caía do chuveiro. Sob a luz do abajur o corpo nu de Rafael era iluminado deixando ver a pele ainda molhada que exalava um bom perfume masculino. Não vestia pijama para dormir, simplesmente deitou ao seu lado fechando os olhos tentando dormir. Sem se mover Rebeca observava aquela pele dourada pelo sol com os músculos a mostra. Ainda um pouco molhado ficava mais irresistível não sentir desejo por aquele homem. Esperou alguns minutos e finalmente se encostou devagar ao seu lado tocando as pernas nas nádegas descobertas. Sente um arrepio incontrolável tocando suavemente as mãos no seu ombro recostantando a cabeça suavemente. O cheiro dos corpos nus embriagava as cobertas como uma taça de vinho sugada rapidamente. Ele parece dormir e ela permanece ali carente, disponível e imóvel a espera do dia amanhecer para receber em seus braços o corpo tão desejado do seu amante num perfeito acasalo de amor.
Edilma Rocha

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