domingo, 23 de agosto de 2009

O DIA DO ARTISTA



O que poderia definir com ser um artista?


Alguém diferente, comum, inquieto, paciente, sonhador, realista e criador? São todos esses predicados em um só dependendo da maneira como ele e os outros o sentem.
A superioridade do homem está no seu pensamento e na sua capacidade de criação. A arte é um luxo e como luxo é supérfluo, mas desejado e cobiçado. Poderia dizer que é supérfluo, mas desperta a cobiça e faz vibrar a humanidade. São produtos de uma civilização no tempo e se tornam objetos preciosos para a cultura de um povo. E esta arte nos diferencia dos animais irracionais. A arte até virou indústria para uma dimensão do homem. A nossa criação é superior a razão. Interessam-nos a natureza, o corpo humano, os objetos, até a exploração da própria alma, no belo, no feio ou nos sonhos. A prática de pintar tem o poder de nos libertar e afastar dos temores e submissões. A arte tem o poder de nos distinguir dos outros, mas também de nos aproximar discretamente com força e idealização. A criação artística é como um amor carnal, como uma luta constante. A sociedade recusa qualquer novidade que não compreende neste mundo enlouquecido. Pintar ou escrever podem ir, voltar e ver, voltar e viver. A arte impõe-se a vida. E para nós a pior censura é aquela feita por nós mesmos. Depois de realizá-la foge ao nosso próprio domínio. O artista limita-se a trabalhar sob o impulso do seu coração. Quadros encomendados raramente nos dão o prazer na criação.
A arte é antes de tudo uma comunicação. Ninguém pinta para si próprio, a arte é para ser apreciada e criticada para atingir um objetivo, o expectador. Um quadro deve inspirar meditação e contemplação penetrando no universo oferecido pelas formas e cores.
A arte está acima de problemas sociais...
A arte não é uma ciência exata...
A arte é liberdade...
Acredito na força das escolas como um entrosamento dos artistas. Não acredito no artista solitário, ele necessita de contato com a sociedade.
Se a vida dá vida e a beleza promove, cada obra de arte deve possuir a vitalidade suficiente para assegurar a sua criatividade.

Edilma Rocha